- janeiro 16, 2020
- Postado por: Rafael Kosoniscs
- Category: Guia para a inclusão da Pessoa com Deficiência
A diversidade constitui um tema emergente que vem sendo discutido amplamente pela sociedade contemporânea. A preocupação com o futuro do nosso planeta traz à tona quest.es ligadas à biodiversidade, pluralidade cultural, sustentabilidade e inclusão.
Desde cedo condicionados à ordem da homogeneidade, aprendemos a nos unir pela igualdade e discriminar aquele que rompe essa ordem e se desvia do padrão dito “normal”. A não aceitação das diferenças de credo, raça, cultura, orientação sexual, condição física, intelectual ou mental infelizmente tem condenado muitos grupos de pessoas à marginalização social.
Diante de tudo isso, seria utopia pensar em uma “sociedade para todos”?
Parece que a humanidade está finalmente refletindo seriamente que nunca fomos iguais. Somos e sempre seremos diferentes.
Isso é real e natural. A diversidade entre os homens é o que garante a importância da originalidade de cada um de nós e o respeito à nossa individualidade. Tratar com igualdade as diferenças na justa medida da desigualdade constitui-se no pilar da democracia.
Em uma sociedade competitiva como a nossa, onde a eficiência e a produtividade são condições para a ascensão social e econômica, como uma pessoa com deficiência poder. atingir um status de igualdade?
Como a pessoa com deficiência exerce seu direito ao trabalho?
“Toda sociedade que exclui pessoas do trabalho por qualquer motivo – sua deficiência, sua cor ou seu gênero – está destruindo a esperança e ignorando talentos. Se fizermos isso, colocaremos em risco todo o futuro.” Robert White.
Quando falamos de inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, se faz necessário entender que a cultura social marcada pelo assistencialismo, a caridade e a falta de informação pautaram nossa relação com o tema e ainda há muito que superar para desconstruir o ciclo de invisibilidade social1 ao qual estão submetidas. Segundo o ciclo da invisibilidade, as pessoas com deficiência são “escondidas” das demais, tornando-se invisíveis a seus olhos, não se constituindo, portanto, em um problema na comunidade em que vivem; se não são problema social, e sim familiar, não há preocupação em oferecer a eles os mesmos serviços oferecidos aos demais cidadãos; se não são considerados cidadãos com direitos a serviços sociais, eles são discriminados, e por serem discriminados, são afastados pela família dos demais cidadãos e o ciclo não se interrompe.
Quando nos deparamos com essas pessoas, a nossa atitude revela não somente nossas crenças e valores individuais, como também o contexto social em que vivemos. Por meio de um condicionamento cultural, “aprendemos” os preconceitos e reproduzimos estigmas de acordo com cada momento histórico. Dessa forma, a trajetória histórico/cultural das pessoas com deficiência reflete como se desenvolveram os valores da humanidade e nos ajudam a entender os motivos pelos quais um dia condenamos ao extermínio membros imperfeitos e hoje estamos aprendendo a conviver com a diversidade humana.
Este trecho foi extraído do ‘Guia de capacitação para profissionais que atuam no segmento varejista alimentício com programas de inclusão”.
Baixe gratuitamente o guia neste link.