Estamos de acordo com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados)

Este site utiliza cookies para melhorar a sua experiência de navegação. Ao continuar a utilizar este site, você concorda com o uso de cookies de acordo com a nossa Política de Cookies. Os cookies são pequenos arquivos de texto que são armazenados no seu navegador quando visita um site. Eles permitem que o site se lembre das suas ações e preferências ao longo do tempo, tornando a sua experiência mais eficiente e personalizada.... 

Always Active

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

Decisão judicial condena clínica por não permitir que deficiente auditivo realizasse exame para renovação da CNH. Médico recusou-se a retirar a máscara de proteção, impedindo leitura labial e sugeriu intérprete de Libras.

Da Redação

O Detran/PR e uma clínica credenciada terá de pagar R$ 5 mil a título de danos morais a um deficiente auditivo que teve dificuldades para renovar sua CNH após o médico examinador se recusar a baixar a máscara, impossibilitando a comunicação por leitura labial. Decisão é do juiz de Direito juiz Rogério Tragibo de Campos, do Juizado Especial da Fazenda Pública de Apucarana/PR.

O autor da ação, deficiente auditivo, relatou que ao buscar renovar sua CNH, solicitou que o médico responsável pelo exame abaixasse a máscara para que pudesse realizar a leitura labial, sua principal forma de comunicação. O pedido foi negado, e o médico orientou o paciente a providenciar um intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras), desconsiderando que o autor não utilizava essa forma de comunicação.

O requerente ingressou com ação judicial solicitando, além da renovação da habilitação, indenização por danos morais, alegando que sua condição de acessibilidade foi desrespeitada. Após decisão liminar que garantiu a realização do exame em outra clínica, o autor conseguiu a renovação de sua CNH.

Clínica e Detran indenizarão deficiente auditivo por inviabilizar leitura labial.(Imagem: Freepik)

O juiz destacou que a conduta do médico e da clínica configurou uma prática excludente e capacitista. O magistrado apontou que a exigência de um intérprete de Libras não levava em consideração as necessidades específicas do autor, que dependia da leitura labial para se comunicar, e que essa barreira de comunicação feriu diretamente o direito de acessibilidade garantido pela legislação brasileira.

A sentença sublinhou a importância da lei brasileira de inclusão (lei 13.146/15), que assegura ampla acessibilidade em todos os processos de habilitação, e criticou a falta de adaptação do atendimento para o requerente, o que culminou na condenação da clínica e do Detran/PR por dano moral.

O Detran/PR e a clínica foram condenados a pagar R$ 5 mil em danos morais ao requerente. A responsabilidade do Detranfoi estabelecida de forma subsidiária, ou seja, só poderá ser acionado caso o valor não seja pago pela clínica. A sentença reforçou a necessidade de inclusão e adaptação dos serviços públicos para pessoas com deficiência.

Processo: 0013069-14.2021.8.16.0044

Veja a decisão.

https://www.migalhas.com.br/quentes/415682/deficiente-auditivo-sera-indenizado-por-barreiras-para-renovar-cnh